Brasília - As bancadas do PMDB no Congresso devem indicar cinco ministros na reforma ministerial conduzida pela presidente Dilma Rousseff para recompor a base aliada e tentar salvar o seu governo.
Hoje, o partido comanda seis pastas. Na cota do Senado, Pesca, Agricultura e Minas e Energia. Na cota da Câmara, Turismo. Já na cota do vice-presidente Michel Temer estão sob comando do PMDB Portos e Aviação Civil.
O PMDB encontra ao menos dois focos de resistência para fazer as indicações. O primeiro é um grupo minoritário na bancada da Câmara que faz oposição ao governo. O outro vem do próprio Temer, que terá que administrar uma redução de ministérios e, ao mesmo tempo, entregar cinco pastas ao seu partido.
"A maioria dos parlamentares do PMDB é governista, portanto, acho natural que participemos do ministério", disse o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR).
No PT, há quem entenda que o partido precisa se sacrificar para garantir apoio a Dilma. "Pela governabilidade, o PT tem que ceder espaço aos aliados", disse o senador Paulo Rocha (PT-PA).
Henrique Alves
Além das indicações do PMDB da Câmara para dois ministérios, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, defende o nome de Henrique Eduardo Alves, atual titular da pasta de Turismo como uma indicação de consenso da Câmara e do Senado.
Picciani deve se reunir ainda hoje com o senador Eunício Oliveira (CE) para oficializar a indicação. A intenção é notificar de imediato a presidente Dilma sobre as indicações do PMDB.