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Estado de Minas

Para líder do PR, chance de governo perder em votação no Congresso diminuiu

Oposição tende a manter os vetos presidenciais, mas aguarda outras oportunidades para bater no governo


postado em 22/09/2015 21:07 / atualizado em 22/09/2015 21:21

Brasília - O líder do PR na Câmara, deputado Maurício Quintella Lessa (AL), disse nesta terça-feira que acredita que a chance de o governo ser derrotado na sessão do Congresso que vai apreciar os 32 vetos presidenciais diminuiu. "O risco hoje é menor, mas plenário é plenário", disse.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia afirmado que o trabalho de convencimento feito pelos deputados da base durante o dia poderia surtir efeito. "Não sei como está a situação no Senado. Na Câmara, se a votação fosse há duas semanas, teria sido derrubado o veto. Hoje estão trabalhando, então pode ser até que não derrube", afirmou.

Para Quintella Lessa, a oposição terá outras oportunidades "para bater no governo". "Agora, se derrubarem os vetos, a sinalização será de que o Congresso é irresponsável", disse. "Não tenho dúvida que a oposição vai contribuir."

Parte das matérias vetadas pela presidente integra a chamada pauta bomba e poderia anular o esforço do governo em fazer o ajuste fiscal. Até ontem, o Planalto trabalhava para que a sessão de hoje fosse adiada para evitar uma derrota. No entanto, por conta da disparada do dólar, a presidente Dilma Rousseff pediu que o Congresso realizasse a sessão.

Para derrubar qualquer um dos 32 vetos da pauta são necessários os votos de, pelo menos, 257 deputados e 41 senadores conjuntamente. O governo teme o impacto fiscal da derrubada dos vetos que giraria em torno de R$ 127,8 bilhões até 2019, segundo cálculos do próprio governo.

PSDB

Já o vice-líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), disse nesta terça que o PSDB vai orientar a sua bancada da Casa para que derrube os 32 vetos presidenciais. "O PSDB vai encaminhar pela derrubada de todos os vetos. A esmagadora maioria do partido vai votar para derrubar", afirmou.

Segundo ele, durante o dia parlamentares do partido tiveram longas reuniões para debater o assunto e não se convenceram do discurso do governo de que a oposição precisa ter responsabilidade com as contas do país. "Não é a oposição que vai comprometer as contas do país. Quem compromete é quem tem a caneta na mão", disse. "Não somos nós que temos que garantir a governabilidade."

Apesar da orientação da bancada, Leitão afirmou que é possível que haja poucas dissidências entre os tucanos. "Talvez uns quatro ou cinco não acompanhem", afirmou.


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