Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou nesta quarta-feira a comentar as declarações do ex-gerente-geral da Área Internacional da Petrobras e novo delator da Operação Lava-Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, que afirmou à força-tarefa ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal era o deputado. "Não vou ser comentarista de delação", disse. "Não sei quem é, nunca ouvi falar", afirmou, dizendo que, sobre o assunto, é o advogado dele que se manifesta.
Leia Mais
Cunha dava palavra final na Diretoria Internacional, diz ex-gerente da PetrobrasCunha pede mais tempo ao STF para apresentar defesa contra acusações na Lava-JatoDenunciado por corrupção, Cunha não explica as acusaçõesCunha diz ignorar reforma ministerial e volta a defender saída do PMDB do governoSegundo o delator, foi o próprio João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema e preso nesta segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava-Jato, que lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. "Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ", relatou..