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Estado de Minas

Cunha diz que não é 'comentarista de delação', ao falar sobre nova acusação na Lava-Jato

Ex-gerente geral da Petrobras afirmou aos investigadores que Cunha "dava a palavra final" nas indicações para a Diretoria Internacional da estatal


postado em 23/09/2015 19:07 / atualizado em 23/09/2015 19:17


Deputado foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro nas investigações da Lava-Jato(foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Deputado foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro nas investigações da Lava-Jato (foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou nesta quarta-feira a comentar as declarações do ex-gerente-geral da Área Internacional da Petrobras e novo delator da Operação Lava-Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, que afirmou à força-tarefa ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal era o deputado. "Não vou ser comentarista de delação", disse. "Não sei quem é, nunca ouvi falar", afirmou, dizendo que, sobre o assunto, é o advogado dele que se manifesta.

 Musa, afirmou à força-tarefa da Lava-Jato ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobras era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo o delator, foi o próprio João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema e preso nesta segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava-Jato, que lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. "Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ", relatou.


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