Thomas Traumann, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do governo Dilma Rousseff, afirmou em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo que a petista depende, "por ironia do destino", do "burocrata" Joaquim Levy, seu ministro da Fazenda, para concluir o mandato no prazo regimental, em 2018.
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Peemedebista cotado para a Saúde defendeu renúncia de DilmaManifestação de Cunha não define posição sobre atos no primeiro mandato de DilmaDilma fez avaliação positiva da sessão que manteve 26 vetos, diz EunícioDilma se reúne com ministros e 'tese' do Ministério da Cidadania ganha forçaJá no cargo de ministro, neste segundo mandato da petista, o ex- ministro da Comunicação Social diz que ele sempre encontrava uma maneira de falar do rombo nas contas públicas e não se sensibilizava com as exposições de seus colegas sobre a necessidade de recursos, mesmo para as áreas sociais.
"Por tudo isso, Dilma e Levy formam uma dupla tão inesperada", diz, reiterando que um reconhece no outro as melhores intenções, mas discordam de quase tudo o mais.
Traumann conclui o artigo dizendo que o ritmo do processo de um eventual pedido de impeachment de Dilma Rousseff será dado não pela Lava-Jato, TCU, TSE ou disputas com o PMDB, mas sim pelo bolso do cidadão, com fatores baseados em índices como desemprego, inflação e queda no consumo. Ele destaca que isso pode levar milhões às ruas, gerar pânico no mercado financeiro e esfacelar a base governista. Portanto, reitera que Dilma depende do sucesso do "burocrata Levy" para continuar presidente até 2018..