O governo federal adiou para semana que vem o anúncio da reforma administrativa e ministerial. Após quatro dias de intensas negociações, a presidente Dilma Rousseff não conseguiu definir o espaço a ser ocupado pelo PMDB na equipe e também atender as pretensões dos outros partidos da base aliada. A presidente viajou para Nova York, onde vai participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na rodada de negociações, Dilma ofereceu cinco ministérios para o PMDB, mas pode ampliar a participação do partido de Temer para seis, na tentativa de barrar eventuais pedidos de impeachment na Câmara e aprovar o ajuste fiscal.
Segundo nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, Dilma está "efetivando proveitoso diálogo com os partidos políticos com representação no Congresso Nacional". Como justificativa para o adiamento, o Planalto informou que "alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio para que mais consultas possam ser realizadas". A presidente deve anunciar a extinção de dez pastas e a troca no comando de outras.
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No esqueleto que está sendo montado, a presidente pretende juntar diferentes secretarias em um único ministério, como as pastas de Direitos Humanos e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Além disso, alguns ministérios serão fundidos, como Trabalho e Previdência Social, e outros perderão o status, como Advocacia-Geral da União, Gabinete de Segurança Institucional e Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Ainda de acordo com o Planalto, o objetivo da reforma é ampliar a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, assim como assegurar a estabilidade política e econômica do Brasil.
Com agências