Jornal Estado de Minas

Impasse com o PMDB leva Planalto a adiar anúncio da reforma ministerial

O governo federal adiou para semana que vem o anúncio da reforma administrativa e ministerial. Após quatro dias de intensas negociações, a presidente Dilma Rousseff não conseguiu definir o espaço a ser ocupado pelo PMDB na equipe e também atender as pretensões dos outros partidos da base aliada. A presidente viajou para Nova York, onde vai participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na rodada de negociações, Dilma ofereceu cinco ministérios para o PMDB, mas pode ampliar a participação do partido de Temer para seis, na tentativa de barrar eventuais pedidos de impeachment na Câmara e aprovar o ajuste fiscal.

Segundo nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, Dilma está "efetivando proveitoso diálogo com os partidos políticos com representação no Congresso Nacional". Como justificativa para o adiamento, o Planalto informou que "alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio para que mais consultas possam ser realizadas". A presidente deve anunciar a extinção de dez pastas e a troca no comando de outras.

Nesta quinta-feira, Dilma voltou a conversar com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional do PMDB. O partido é o principal aliado do PT na coalizão presidencial e atualmente tem correligionários ocupando seis pastas.

Para a nova composição, Temer foi consultado, mas preferiu não indicar nomes, tarefa que coube às lideranças do partido na Câmara e no Senado. A definição da quota da legenda ainda não foi fechada.

No esqueleto que está sendo montado, a presidente pretende juntar diferentes secretarias em um único ministério, como as pastas de Direitos Humanos e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Além disso, alguns ministérios serão fundidos, como Trabalho e Previdência Social, e outros perderão o status, como Advocacia-Geral da União, Gabinete de Segurança Institucional e Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Ainda de acordo com o Planalto, o objetivo da reforma é ampliar a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, assim como assegurar a estabilidade política e econômica do Brasil.


Com agências

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