procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve se reunir nos próximos dias com procuradores da força-tarefa de Curitiba para definir uma estratégia de atuação do grupo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de fatiar um dos inquéritos da Operação Lava-Jato. Os procuradores da força-tarefa vão se colocar à disposição para ajudar nas investigações que, a partir de agora, podem ser transferidas do Paraná para outros estados.
O ministro Marco Aurélio Mello afirmou ontem, porém, que a decisão da Corte não enfraquece as investigações. Ele enfatizou que Sérgio Moro não é o único juiz capaz de conduzir as investigações. O caso que envolve a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi remetido à Justiça paulista porque a empresa Consist tem sede em São Paulo. A Consist teria repassado dinheiro para custear a campanha da parlamentar. Como tem direito ao foro especial, senador, que foi ministra da Casa Civil do governo Dilma, teve inquérito aberto no STF.
O delegado da Polícia Federal que iniciou as apurações da Lava-Jato, Marcio Adriano Anselmo lamentou a decisão do STF. “É triste porque quebrou uma estrutura que já existia. Aqui, o caso está redondo. Quem assumir agora não vai ter a noção do todo como nós temos. Vai ser mais difícil.”