O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira, que começará a analisar esta semana os pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Cunha, há entre 10 e 15 pedidos aguardando avaliação, e "alguns deles" devem passar pelo crivo do presidente da Câmara já nos próximos dias.
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Se governo está lastreado na CPMF, contas públicas não se controlarão, diz CunhaEduardo Cunha diz que é contra a CPMF e acha que não deve passarCunha já indeferiu três pedidos de impeachment contra a presidente Dilma RousseffProtesto de servidores da CGU atrapalha saída de Dilma do PlanaltoCunha critica governo por apoiar recriação do PL e esvaziar oposiçãoApós reunião com primeiro-ministro da Grécia, Dilma deixa ONU e volta ao BrasilNa última quinta-feira, 24, Cunha leu no Plenário da Câmara o rito de um eventual processo de impeachment. Em uma resposta à questão de ordem apresentada pela oposição, Cunha lista exigências mínimas para a admissão de denúncia de crime de responsabilidade. Há questões formais, como necessidade de firma reconhecida e apresentação de provas, além de indicação de testemunhas, "em número mínimo de cinco, caso necessário", mas não houve resposta a questões de mérito.
Lava-Jato
O presidente da Câmara ainda se recusou a comentar seu suposto envolvimento na Operação Lava-Jato. No fim da semana passada, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema, confirmou em delação premiada que Cunha teria recebido propina de pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. A acusação já havia sido feita pelo empresário Julio Camargo.
Cunha tampouco quis comentar notícias veiculadas na imprensa de que teria lucrado R$ 900 mil de forma indevida em operações realizadas com fundos de investimentos movimentados pela Prece, o fundo de pensão dos funcionários da Cedae, companhia de água e esgoto do Rio.