A ex-ministra Marina Silva afirmou que a Rede Sustentabilidade não tem uma meta a respeito do tamanho de sua bancada, informou que está dialogando com políticos para compor o quadro do partido, mas que não fará assédio. "Não vamos nos ater a números, não vamos querer ser engolidos pela tentação de ter uma bancada com número x ou y por causa de tempo de TV, fundo partidário ou pensando em próximas e futuras eleições", disse, durante o ato que formalizou a filiação do senador Randolfe Rodrigues (AP), que deixou o PSOL.
Marina disse que a principal meta do partido é contribuir para a renovação e a melhoria da política brasileira e que a criação da Rede faz com que o País entre na era do "ativismo autoral". "A política que se limita a fazer mais do mesmo é porque está impotente", disse.
A ex-ministra negou que o partido seja associado apenas à sua imagem e disse que o seu papel é servir de referência para a juventude. "Quero dar uma contribuição viva para a política brasileira", disse. "Não posso ser menos generosa do que aqueles que foram generosos para que eu entrasse na política. Eu tive grandes mantenedores de utopia", completou.
Marina reafirmou que a Rede Sustentabilidade vai ter uma posição de independência em relação ao governo. "Acho que um dos males e das mazelas da política são os alinhamentos a priori, independentemente de se avaliar o mérito", disse. "Minha posição historicamente sempre foi de avaliar as questões de mérito e a Rede vai agir com independência."
Desde o anúncio da criação a Rede Sustentabilidade, o partido já conta com pelo menos quatro adesões de políticos com mandato no Congresso Nacional. Além de Randolfe, os deputados Miro Teixeira (ex-PROS/RJ); Aliel Machado (ex-PCdoB/PR); e Alessandro Molon (ex-PT-RJ) já anunciaram sua adesão ao partido. A ex-senadora Heloísa Helena, que hoje atua como vereadora em Maceió, também deixou o PSOL e foi para a Rede. Também já aderiam ao partido os deputados distritais Chico Leite, que deixou o PT, e Luzia de Paula, de saída do PEN.