Antes de autorizar a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ao Brasil, o Ministério da Justiça italiano preferiu esperar e interpelar a magistratura de Módena sobre o processo penal por falsidade ideológica ao qual o brasileiro responde no país europeu. Uma audiência preliminar do caso envolvendo o condenado no julgamento do mensalão está marcada para 14 de dezembro. A informação foi dada por uma fonte ligada ao caso e confirmada pelo Ministério da Justiça.
Segundo essa fonte, o "Ministério da Justiça quer saber se deve mandar Pizzolato ao Brasil, porque a lei italiana não permite que um cidadão que responde penalmente no país seja extraditado". Pizzolato foi acionado na Justiça italiana por falsidade ideológica após ter usado documentos em nome do irmão, morto há mais de 30 anos, para fugir do Brasil e entrar na Itália. "Se respondesse a um processo por tráfico ou assassinato seria mais complicado, mas falsidade ideológica tem um peso menor tanto no processo de extradição, quanto comparado aos crimes pelos quais foi condenado no Brasil", avaliou a fonte ligada ao caso.