Em reunião com a executiva nacional do PT na manhã desta quarta-feira, na sede do partido, no centro de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mudanças na política econômica do governo e pediu que o PT não crie obstáculos à reforma ministerial desencadeada pela presidente Dilma Rousseff. Lula aproveitou o encontro para confirmar que vai a Brasília nesta quinta para um almoço com Dilma no qual serão discutidos os detalhes finais da reforma ministerial.
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Lula se reunirá com Dilma para definir esboço da reforma ministerial Dilma deve esperar apreciação de vetos para definir reforma ministerialReforma ministerial de Dilma fortalece PMDB e "desidrata" pastas do PT no governoDocumentos apontam que MP editada na gestão Lula foi 'comprada' por lobbyDilma cede a pressões do PMDB e começa reforma ministerial Dilma demite Janine e Educação terá seu 4º ministro em 10 mesesAinda conforme relatos de participantes da reunião, Lula disse que o PT precisa aceitar a perda de cargos no primeiro escalão do governo. A reforma, de acordo com o presidente, é a maneira encontrada por Dilma de recompor uma base parlamentar que garanta maioria no Congresso e governabilidade à presidente. "Tomara que ela (Dilma) consiga", teria dito Lula, segundo um dos presentes no encontro.
Pedido
O ex-presidente falou durante quase duas horas à executiva petista. Além de comentar as ações do governo, Lula pediu empenho aos dirigentes do partido na defesa do PT e do governo. Ele estimulou os participantes do encontro a "se assumirem enquanto dirigentes" e viajarem pelo País "mesmo que seja de ônibus", a exemplo do que ocorria nos primórdios do partido.
A reunião atende a um pedido do presidente do PT, Rui Falcão, que vinha recebendo pedidos da executiva petista para uma conversa com o ex-presidente. Lula tem feito reiteradas críticas à direção petista que, segundo ele, tem perfil excessivamente burocrata, estaria mais empenhada nas disputas internas por espaço do que no futuro da legenda e não estaria à altura dos desafios do PT.