Os três pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que foram arquivados nesta terça-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, eram de cidadãos comuns e relacionavam a presidente ao escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato e a acusavam de crime de responsabilidade.
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Cunha já indeferiu três pedidos de impeachment contra a presidente Dilma RousseffCunha diz que avaliação de pedidos de impeachment ficará para amanhã ou quintaCunha diz que até terça-feira decidirá sobre sete pedidos de impeachment de DilmaUm dos pedidos arquivados por falta de identificação na inscrição como eleitor era do advogado Pedro Lagomarcino, que continha um link com a assinatura de mais de 16 mil cidadãos que subscreviam o requerimento. O pedido citava o escândalo do mensalão e afirmava que o governo da presidente Dilma é marcado por outros escândalos "permanentes" ou "continuados".
Outro pedido arquivado por Cunha foi o do advogado Marcelo Pereira Lino, que alegava que a presidente tinha conhecimento dos esquemas de corrupção na Petrobras quando exerceu o cargo de presidente do Conselho Administrativo de estatal e também quando foi ministra-chefe da Casa Civil.
Foi neste caso que Cunha afirmou não existir o mínimo de indícios que comprovem os supostos crimes praticados por Dilma. "Assim, evidenciada a inépcia da denúncia, deixo de recebê-la", escreveu o presidente da Câmara. Por fim, foi arquivado o requerimento do designer gráfico Paulo Caciji que entre outras acusações contra Dilma citava o programa Mais Médicos e afirmava que a contratação de médicos cubanos, com pagamento feito ao governo de Cuba, representaria "um atentado a dignidade do Brasil". "A ilegalidade trata de tráfico internacional de pessoas", afirmou o denunciante, que também teve o pedido indeferido por não apresentar o número do título de eleitor.
Outros pedidos
Com a exclusão dos três pedidos, ainda restam 10 para serem analisados pelo presidente da Câmara. Ontem, Cunha havia afirmado que pretende avaliar diariamente "com calma" os pedidos e que alguns processos "simplórios" seriam recusados.
Não há uma ordem para que eles sejam despachados e a escolha depende da vontade do presidente da Câmara. A expectativa maior gira em torno do o pedido de impedimento de autoria dos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso..