A ex-deputada e ex-candidata à Presidência pelo PSOL Luciana Genro usou o Twitter na manhã desta quinta-feira para alfinetar o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Luciana Genro ligou o Estatuto da Família, projeto de deputados evangélicos ligados a Cunha, às suspeitas de corrupção que envolvem Cunha.
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Contrários ao Estatuto da Família aprovado em comissão defendem arquivamento Comissão aprova Estatuto da Família com conceito que exclui casais homoafetivos Relator de projeto de lei na Câmara apresenta substitutivo sobre Estatuto da FamíliaLuciana Genro (PSOL) lidera disputa em Porto Alegre, aponta pesquisaDeputado do PSOL questiona Cunha sobre conta na Suíça, mas é ignorado"As informações do MP da Suíça relatam contas em nome Eduardo Cunha e seus familiares. Contra família criminosa não tem estatuto né?", disse Luciana Genro.
Na quarta-feira, a Suíça transferiu para o Brasil investigação criminal contra Cunha, denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato. Com a remessa das informações contra o peemedebista naquele país europeu, a Procuradoria-Geral da República, em Brasília, poderá investigá-lo e processá-lo. Eduardo Cunha teria recebido, na Suíça, propina relativa a contratos da Petrobrás.
Há uma semana, deputados da Comissão Especial do Estatuto da Família aprovaram relatório do deputado Diego Garcia (PHS-PR) sobre o projeto de lei que define "família" como núcleo formado por homem, mulher e seus descendentes – e exclui relações homoafetivas.
Quatro deputados se insurgiram contra o estatuto: Érika Kokay (PT-DF), Maria do Rosário (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Bacelar (PTN-BA).
O texto agora vai a plenário. A bancada religiosa, grupo predominante na comissão, quer que a votação aconteça na semana de 21 de outubro, quando se celebra o Dia Nacional de Valorização da Família. Cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ligado aos evangélicos, marcar a data da votação.