O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou nesta quinta-feira, 1, que "até o momento" a presidente Dilma Rousseff indica que as ofertas feitas ao PMDB na reforma ministerial - sete pastas, incluindo o ministério da Saúde e um da área de infraestrutura - estão mantidas. O parlamentar minimizou o manifesto do PMDB criticando a "barganha por cargos no ministério" e afirmou que o partido tem "compromisso de estar na base do governo".
"A definição da presidente da República, até o momento, sinaliza que os convites feitos à bancada para o Ministério da Saúde e para o ministério da área de infraestrutura estão mantidos, é isso que tenho conhecimento até o presente momento", disse. Picciani afirmou ainda que não tem conhecimento de que presidente estaria tentando oferecer ao partido o ministério da Ciência e Tecnologia.
"Desconheço. A bancada não recebeu por parte da presidente nenhum convite para ocupar essa pasta", afirmou. "Caso a presidente faça esse convite, evidentemente aí sim podemos considerar ou não considerar o convite." Segundo aliados de Picciani, ele não estaria disposto a aceitar de bom grado o ministério da Ciência e Tecnologia e tem dito que "quer o que foi combinado". Picciani negou que tenha sido sondado pelo Planalto indicar nomes para a pasta.
Leia Mais
Picciani entrega a Dilma nomes do PMDB na Câmara para ocupar ministérios'É preciso montar um novo modelo de sustentação parlamentar', diz PiccianiGrupo do PMDB divulga manifesto contra 'barganha' em reforma ministerialUm dos cotados para ocupar o cargo é o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), homem de confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Há especulações, mas eu não trato de especulações quanto a esse tema. Temos uma questão anterior que é um convite feito pela presidente da República que a bancada aprovou, deliberou, enviou os nomes e que a presidente deve considerar", reforçou.
Inicialmente, seria criado um Ministério da Infraestrutura, fusão entre as pastas de Aviação Civil e Portos.
Interlocutores dizem que Picciani atribui a polêmica não ao Palácio do Planalto, mas ao próprio PMDB. Mais especificamente ao grupo do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer. Temer defendeu a permanência de Eliseu Padilha (RS) na Aviação Civil e de Henrique Eduardo Alves (RN) no Turismo..