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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida

A economia em frangalhos e a política sendo tocada no balcão de negócios é atitude que tem tudo para dar errado


postado em 02/10/2015 12:00 / atualizado em 02/10/2015 07:47

A cada dia que passa, a Polícia Federal (PF) apresenta indícios de ligação da Petrobras com o caixa da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT) em troca de favores da empresa. A Operação Lava-Jato (PF) praticamente já tem provas – eu disse provas – incontestáveis, como a coincidência de pagamentos da Petrobras com doações para a campanha. Inclusive com as datas previamente combinadas.


E o que faz o governo? Nada, porque o déficit orçamentário não permite investimentos e o Ministério da Fazenda ainda está no meio do caminho para acertar as contas públicas, às custas do contribuinte brasileiro, com aumento de impostos e mesmo com o aumento do preço dos combustíveis. Resultado? Vem mais inflação por aí. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continua buscando mais fontes de arrecadação. É um saco sem fundo.

E o que faz a presidente Dilma Rousseff? Passa os dias tentando solucionar a equação política com os partidos ditos aliados. O PDT, por exemplo, que praticamente já estava fora da base de governo, deve ganhar um upgrade para permanecer. Deixa o Ministério do Trabalho e leva o cobiçado Ministério das Comunicações, que ficará com o líder do partido na Câmara dos Deputados, André Figueiredo. E nem assim vai conseguir angariar todos os votos da bancada pedetista.

O PMDB foi aquinhoado com fartura tão grande de ministérios que deixou as lideranças petistas em crise de ciúmes. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve que entrar em cena para impedir que o PT tornasse o que era queixa uma crise política. E o PSB, que jurava não voltar ao governo, pode também ganhar um ministério. Mas também não vai inteiro para a base de apoio ao Palácio do Planalto.

Só há uma conclusão a ser tirada diante deste quadro. A economia em frangalhos e a política sendo tocada no balcão de negócios é atitude que tem tudo para dar errado.

Extradição autorizada
“Prefiro morrer a cumprir pena no Brasil.” Assim reagiu o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato sobre a sua possível extradição para o Brasil. Pois o Ministério da Justiça da Itália autorizou que ele seja extraditado, o que deve ocorrer na quarta-feira da semana que vem. Pizzolatto foi condenado a cumprir pena de 12 anos e sete meses por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção no escândalo do mensalão. Ele fugiu para a Itália em novembro de 2013, usando o passaporte de um irmão que já havia morrido. Foi preso na Itália em fevereiro de 2014.

Ai que saudade!
Quem desfilou ontem todo faceiro pelas imediações da Assembleia Legislativa foi o ex-prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, condenado por improbidade administrativa quando era mandatário da prefeitura da cidade do Triângulo Mineiro, pelo PMDB. Também ex-ministro do governo Lula, que deixou envolvido em denúncias de irregularidades, Adauto apertou o passo quando as pessoas começaram a chamá-lo de prefeito. Pelo jeito, deve estar com saudades do tempo em que foi presidente da Assembleia Legislativa.

Questão sentimental
Para atrair o PSB para a base de apoio do governo, até chantagem emocional vale. Pois é o que a presidente Dilma Rousseff (PT) está fazendo. Ela ofereceu aos socialistas o Ministério de Ciência e Tecnologia. E o que tem isso a ver? A pasta já foi ocupada, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ninguém menos que Eduardo Campos, que morreu em um desastre aéreo em plena campanha eleitoral. Assim, acaba virando uma questão sentimental, não política.

Negociação mineira
Capitaneada pelos deputados Domingos Sávio (PSDB-MG) e Rodrigo de Castro (PSDB-MG), a bancada mineira conseguiu emplacar uma emenda na Medida Provisória 677, que cria o fundo de energia para as empresas eletrointensivas do Nordeste, para incluir também o Sudeste. Em siderurgias, aciarias e ferroligas, a energia é responsável por 65% a 85% do custo total dos produtos. A estratégia deu certo e preservou, só em Minas, nada menos que o emprego de 40 mil pessoas. Rodrigo de Castro ainda fez troça: “Votamos a favor de um projeto da situação e lembramos o quanto que é bom fazer parte da base governista”. Ô saudade!

Sentiu o golpe
“Muito abatido”, disse um. “Super abatido”, disse outro. E por aí vai. Foi uma unanimidade ontem que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desta vez, com as denúncias de contas em dólares no exterior, sentiu o golpe. Mais um deputado fez o resumo da ópera, quase como se fosse um psiquiatra: “A sensação é que acertaram o tiro no lugar certo e pegaram ele de jeito. Quem está acostumado a ver a pessoa trabalhar ficou impressionado”. E comentário de outro colega de Eduardo Cunha chega ser uma verdadeira maldade, além de grosseiro: “Agora os comensais vão comê-lo vivo por vingança”.

PINGAFOGO

Relator da prestação de contas do ano passado do governo Dilma Rousseff (PT), o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, diz ter encontrado R$ 40 bilhões em pedaladas fiscais. Deve ser por isso que Dilma gosta tanto de andar de bicicleta.

Quem deveria estar rindo à toa com a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  era o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu desafeto. Deveria, bem entendido.

É que Renan Calheiros também é alvo de ação por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal. Como se diz, pau que dá em Chico dá também em Francisco.

O gás explodiu. É o que revela pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa. Em média, o preço do gás de cozinha em Belo Horizonte e na Região Metropolitana subiu 14,33%. Em média, bem entendido.

Porque o botijão de gás de 13 quilos – o botijão do nosso fogão de cada dia, já que é o mais usado nas residências – subiu nada menos que 21,59%. É isso mesmo. O levantamento do Procon foi feito em 29 de setembro.

Os professores têm razão de reclamar e condenar as mudanças constantes de ministros. Com a reforma na Esplanada, o Ministério da Educação terá o quarto ministro em menos de um ano. Não pode dar certo!

 


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