O escritório Marcondes & Mautoni (M&M) confirmou na quinta-feira, 1, que fez pagamentos à empresa LFT Marketing Esportivo, do empresário Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. O escritório havia informado na quarta-feira, 30, ao ser procurado pelo jornalO Estado de S. Paulo, que "jamais fez qualquer 'repasse' a qualquer empresa ou pessoa". Em nova nota, argumentou na quinta-feira que considera o significado de "repasse" diferente de "pagamento". A LFT também divulgou nota, com o mesmo argumento. "A M&M ratifica que jamais efetuou qualquer "repasse" a qualquer empresa ou pessoa. A palavra 'repasse' possui uma carga semântica negativa, que não se coaduna com a atuação de empresas idôneas. A M&M é uma empresa idônea e, como qualquer outra nessa condição, faz seus pagamentos de forma regular, em conformidade com a legislação", justificou.
Leia Mais
Oposição defende investigação de MP 'comprada' durante o governo LulaLula deixa almoço com Dilma no Alvorada sem falar com a imprensaPF prende lobista e faz buscas na empresa do filho de LulaE-mails sugerem que empreiteira buscou apoio de Lula para atuar na VenezuelaSTF autoriza depoimento de Lula na Lava JatoA assessoria de Luís Cláudio Lula da Silva divulgou nota na quinta-feira sobre a reportagem: "Ao contrário do exposto, a Marcondes & Mautoni não fez 'repasses' à LFT.
A LFT explicou que, "ao contrário do exposto, a Marcondes & Mautoni não fez 'repasses' à empresa, mas tão somente pagou por projeto contratado e executado e que o valor recebido foi contabilizado e declarado legalmente." Em nova nota, explicou ontem que, "tanto a celebração dos referidos contratos como a execução dos projetos e seus pagamentos, ocorreram entre 2014 e 2015". A empresa argumentou que a MP 471, cujos incentivos tiveram validade de 2011 a 2015, foi editada em 2009. Por isso, alegou, não há como estabelecer "relação causal" entre a norma e os pagamentos.
O ex-ministro das gestões Lula e Dilma Gilberto Carvalho, citado em anotação de agenda de lobista, informou ontem que não teve reunião com representantes de montadoras dias antes da edição da MP.
.