A presidente Dilma Rousseff anunciou na manhã desta sexta-feira a reforma ministerial. Depois de duas semanas de intensas negociações, foram cortadas oito pastas, passando de 39 para 31, e feitas várias trocas na Esplanada, além da extinção de 3 mil cargos comissionados. O PMDB, como era esperado, ganha mais espaço no governo e vai ficar com sete ministérios, incluindo Saúde e Ciência e Tecnologia. No Ministério da Defesa, assume Aldo Rebelo (PCdoB), que estava no Ministério da Ciência e Tecnologia.
Veja as mudanças: na Casa Civil, Jaques Wagner (PT) entra no lugar de Aloizio Mercadante (PT), que assume a Educação. Na Saúde entra o peemedebista Marcelo Castro (PI) e a pasta da Ciência e Tecnologia ficará com mais um deputado do PMDB, Celso Pansera (RJ). O atual ministro da Pesca Hélder Barbalho (PMDB) vai para Portos.
O PMDB mantém ainda as pastas da Aviação Civil, com Eliseu Padilha, da Agricultura, com Kátia Abreu, do Turismo, com Henrique Eduardo Alves, e Minas e Energia, com Eduardo Braga.
As secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos serão fundidas em uma só pasta, o Ministério da Cidadania, que será comandado pela ministra Nilma Gomes, atual ministra da Igualdade Racial. O atual secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, assumirá a pasta resultante da fusão entre Previdência Social e Trabalho.
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Ela anunciou a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios, a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, o corte de 10% na remuneração dos ministros e a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviço.
A presidenta anunciou ainda a definição de metas de eficiência no uso de água e energia e o corte de 3 mil cargos em comissão. Outro anúncio foi a redução em até 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços terceirizados tornando obrigatória a criação de uma central de automóveis com intuito de reduzir e otimizar a frota que atende aos ministérios.
“Com essas iniciativas, que terão que ser reforçadas permanentemente, queremos contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda.