Brasília, 07 - Em seu primeiro discurso após reassumir o Ministério da Educação, Aloizio Mercadante reconheceu nesta quarta-feira, 7, que alguns programas comandados pela pasta não têm a eficiência desejada, como o Pacto pela Educação e o Mais Educação, e ressaltou que irá revê-los.
Durante a cerimônia, Mercadante afirmou que um dos desafios de sua gestão será colocar 700 mil crianças entre 4 e 5 anos nas escolas. Ele ressaltou que está designando uma equipe que fará um mutirão permanente a partir de amanhã para que as parcerias com prefeituras sejam efetivadas. "Vamos, desde agora, fazer o mutirão do MEC para tratar essa agenda", disse.
"A bússola da minha gestão será o PNE entre 2014 e 2024, que estabelece 20 metas audaciosas", frisou ele. De acordo com Mercadante, a educação é a marca deste mandato, em referência ao slogan Pátria Educadora lançado pela presidente Dilma Rousseff logo depois de sua posse, e que a sociedade civil estabeleceu a democracia, reduziu as desigualdades sociais e permitiu que o Brasil saísse do mapa da fome. Segundo ele, esta foi a primeira vez em que o trabalhador foi sócio do processo de desenvolvimento econômico do País.
Bem humorado, o ministro fez diversas brincadeiras durante seu discurso e, ainda nos cumprimentos, chegou a dizer que o quórum no auditório era maior que o do Congresso, ao se referir aos parlamentares presentes. "Já deu quórum, né? Está melhor que o plenário lá", afirmou. Hoje a sessão para apreciação de vetos presidenciais foi adiada por falta de um número mínimo de deputados.
Professores
Em meio a reivindicações por parte dos professores para aumento de salário, Mercadante afirmou que é preciso debater a responsabilidade da greve. "Não podemos ter greve de 3, 4 meses. Precisamos ter discussão permanente sobre isso para construir um caminho de responsabilidade, temos que respeitar, mas devemos enfrentar o debate", afirmou ele.
Esta é a segunda vez que a Pasta é comandada por Mercadante. Sua primeira passagem pela Educação foi entre 2012 e 2014. A posse de Mercadante faz parte da reforma administrativa anunciada na última sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Até assumir a Educação, ele era ministro chefe da Casa Civil.
Estavam presentes o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, o ex-ministro da Educação José Henrique Paim e o secretário executivo da Pasta, Luiz Claudio Costa.