Brasília – Ao sair do Tribunal de Contas da União (TCU), após o julgamento que rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, limitou-se a dizer que o governo ainda vai reagir. "O jogo não acabou", disse. "Evidentemente, é um relatório, é um parecer que ainda vai ser objeto de análise."
Adams sinalizou que pode voltar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar algum recurso contra a decisão tomada por unanimidade no TCU. Questionado sobre que decisão o governo tomará a partir da conclusão do processo, Adams disse: "Quando eu tomar a decisão, vocês vão saber".
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Por unanimidade, TCU recomenda rejeição de contas da presidente Dilma RousseffTCU mantém Nardes na relatoria das contas de Dilma e julgamento prossegueTCU abre sessão que deve julgar contas de Dilma de 2014TCU rejeita contas de Dilma e abre porta para impeachment Líder da minoria diz que decisão era o que faltava para dar legitimidade ao impeachmentEm 20 minutos de fala, Adams rebateu o uso do termo "pedaladas fiscais", citado pelo relator do caso, ministro Augusto Nardes, e apresentou argumentação em defesa do governo. Segundo ele, práticas semelhantes foram feitas em governos anteriores, ainda que em menor grau. No entanto, afirmou que deveria haver uma isonomia no tratamento do TCU, que no passado não apontou o cometimento de crime de responsabilidade fiscal. "Não existe meia operação de crédito, assim como não existe meia gravidez", disse.
Ao fim de sua fala, o AGU argumentou que o debate político acabou se misturando com a análise do tribunal. "Extrapolou e muito o debate técnico.