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Estado de Minas

Crise no governo causa bate-boca entre deputados na Câmara

O líder de governo José Guimarães (PT) e líder do PPS, deputado Rubens Bueno, trocaram acusações ao falar sobre a rejeição das contas do governo Dilma


postado em 08/10/2015 20:19 / atualizado em 08/10/2015 20:51

As trocas de farpas entre governo e oposição terminaram em bate-boca entre líderes partidários no plenário da Câmara nesta quinta-feira, 8. A confusão começou quando o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), discursava.

"A presidenta Dilma é uma mulher que não tem história de sair pelo fundo, como alguns de vossas excelências têm, ocupam a tribuna e ninguém fala. Por que vossas excelências não falam sobre o que está acontecendo com o presidente nacional do DEM, um inquérito aberto pelo Supremo? Por que vocês não falam sobre isso?", provocou Guimarães.

"Brincadeira! Brincadeira, deputado Guimarães!", rebateu o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). "Saia daí, saia daí!", bradava.

"O deputado tratou a oposição de forma desrespeitosa", disse o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).

Guimarães tentou prosseguir: "Falta à oposição autoridade política e moral para criticar a presidenta Dilma. Ela tem história, deputado Rubens Bueno. Ela tem história. Não manche a história de uma mulher, que tem história de luta pela democracia no Brasil".

"A história que ela tem é a história do 'petrolão'. Ela é a mãe do 'petrolão'", retrucou Bueno.

"O líder do governo tem não só que respeitar a oposição, mas também tem de se curvar aos fatos. Ele lidera um governo corrupto", disse Domingos Sávio. "Por unanimidade, o Tribunal de Contas já decretou a sentença. Cometeram crime de responsabilidade. A consequência é clara: é impeachment, é tirar aquela que não dirige, aquela que dirige, sim, uma quadrilha, dirige uma quadrilha para saquear o Brasil, uma quadrilha para roubar a Petrobras, uma quadrilha que não respeita as regras constitucionais", afirmou.

Os seguranças da Casa observaram a confusão, mas não precisaram intervir. No momento do bate-boca, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já havia deixado o plenário e a sessão era comandada pelo deputado Francisco Floriano (PR-RJ).


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