O embate político sobre a rejeição das contas do governo Dilma Rousseff (PT) na Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso Nacional promete ser acirrado e decidido voto a voto. A comissão será a primeira a se posicionar sobre o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou a rejeição dos números do governo federal referentes a 2014. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que, dos 32 integrantes da comissão, 18 marcaram presença na sessão conjunta do Congresso para votar os vetos da presidente Dilma na quarta-feira – 14 não bateram o ponto. A sessão não chegou a ser aberta por falta de quórum e representou uma derrota para o Palácio do Planalto, servindo como termômetro para medir o apoio do governo entre deputados e senadores.
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A CMO terá 77 dias corridos para analisar o processo.
A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), afirmou nessa quinta-feira (8) que não é “afeita a pressões” e acredita que fará uma análise técnica sobre a decisão tomada pelo TCU. Apesar de o presidente da Câmara ter avaliado que dificilmente o tema será finalizado na comissão este ano, Rose disse que a comissão pode votar o parecer final ainda este ano, antes do recesso do Congresso, em dezembro.
Os deputados e senadores são responsáveis pelo parecer final sobre as contas presidenciais após a primeira análise do TCU. A comissão pode manter o entendimento do tribunal ou pode divergir e aprovar as contas da presidente ou indicar a aprovação com ressalvas. Depois de votada pelos titulares da comissão, ela segue para o plenário do Congresso.
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