Brasília – A presidente Dilma Rousseff fez a primeira reunião ministerial após o novo desenho da Esplanada, anunciado na sexta-feira, a fim de definir estratégias para lidar com os desafios do governo. Ela se comprometeu a liberar cargos ainda pendentes como uma forma de finalizar a reforma ministerial, mas, ao mesmo tempo, alertou que cobrará da base apoio nas votações no Congresso. Os titulares do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, esclareceram pontos sobre a reprovação das contas do governo no TCU, decidida por unanimidade na quarta-feira. O entendimento é de que a presidente Dilma não pode sofrer impeachment por atos praticados no mandato anterior e os esforços vão se centrar agora no trabalho da Comissão Mista de Orçamento, que precisa apreciar o relatório do TCU. Dos 31 ministros, 27 estavam presentes no encontro, além do vice-presidente, Michel Temer.
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Oposição e base aliada se dividem na análise das contas do governo DilmaPressão sobre governo Dilma não tem data para terminarEmbate político para analisar contas de Dilma no Congresso promete ser acirradoPlanalto age para votar contas em 2016Oposição amplia pressão sobre Dilma, que cobra ministros contra impeachmentDISCUSSÃO POLÍTICA Para o petista, a discussão agora é política e “a base tem que estar bastante atenta na movimentação da oposição”. Sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que desarquivou na terça-feira ação que pode resultar na saída de Dilma e do vice, Michel Temer, Wagner negou que fosse uma derrota, já que o mérito não foi julgado, e afirmou que o objetivo do tribunal é buscar esclarecimentos.
Quanto às votações no Congresso, a postura agora será de cobrar de forma mais sistemática e objetivo o apoio da base, por meio do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, responsável pela articulação política.
De acordo com Wagner, os ministros Gilberto Kassab, do PSD, e Antônio Carlos Rodrigues, do PR, se comprometeram a fortalecer a atuação no Legislativo. Já os titulares do PMDB falaram em marcar reuniões semanais com as bancadas. Em troca, o Planalto liberará os cargos pendentes da reforma ministerial, já que essa lacuna tem causado um “mal-estar” na base, na avaliação do governo..