O desfecho do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), refém do Congresso Nacional e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está incerto e sem data definida, uma novela que promete se prolongar. Nos dois processos em que a petista é alvo, não há prazo formal para o julgamento, que depende, acima de tudo, de interesses políticos e da disposição dos magistrados. Especialistas em direito eleitoral e administração pública apostam em meses ou anos de tramitação.
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Embate político para analisar contas de Dilma no Congresso promete ser acirradoPlanalto age para votar contas em 2016Oposição amplia pressão sobre Dilma, que cobra ministros contra impeachmentOposição e base aliada se dividem na análise das contas do governo DilmaDilma cobra fidelidade de ministros no Congresso“Ainda vamos ver esse processo caminhando por mais meses, porque há uma série de questionamentos e recursos possíveis. Houve casos de pedido de cassação de chapa de governos de estado em que o governador e o vice quase concluíram o mandato”, afirma o advogado e doutor em ciências políticas José Matias-Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB).
No Congresso, que dará a palavra final sobre o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que recomenda a rejeição das contas de 2014 da presidente, também não há definição de datas. Os prazos regimentais se somam ao poder de agenda do presidente da instituição, o senador Renan Calheiros (PMDB), que definirá quando o assunto entrará em pauta. “Não há prazos regimentais. O presidente do Congresso definirá quando julgará as contas”, explica o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais, Wederson Siqueira.
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