Brasília - Diante das novas denúncias de que teria contas ocultas na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nota na manhã desta sexta-feira reiterando desconhecer os últimos fatos veiculados e criticando o que chama de "vazamento seletivo" de informações da Operação Lava-Jato. "Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação", diz o texto distribuído nesta manhã pelo gabinete da presidência da Casa.
O conteúdo da mensagem é o mesmo da nota divulgada na semana passada. Cunha tem evitado comentar as denúncias de que ele e sua família teriam contas em bancos suíços, alegando que não mentiu em depoimento à CPI da Petrobras e diz que assim que for notificado, seus advogados se pronunciarão sobre o assunto.
Assim como na nota da última semana, a assessoria da Câmara incluiu novamente trecho da nota divulgada em 20 de agosto, atacando o fato de não haver "nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado". O texto reitera que os escândalos na Petrobras foram "patrocinados" pelo partido e seu governo.
"Diante desses fatos causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma", diz a nota desta sexta-feira.
A assessoria da Câmara diz que Cunha segue "absolutamente tranquilo e confiante" na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF).