Perguntado se a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de rejeitar as contas do governo Dilma em 2014 influenciaria a análise dos pedidos de impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reiterou: em seu entendimento, fatos relacionados ao primeiro mandato não deveriam interferir em processos sobre o segundo. Ele reafirmouque despachará até terça-feira, todos os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff pendentes.
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Cunha diz que até terça-feira decidirá sobre sete pedidos de impeachment de DilmaOposição amplia pressão sobre Dilma, que cobra ministros contra impeachmentPicciani assume postura contra o impeachment na CâmaraPressionada, Dilma volta a se reunir com ministros para discutir crise Dilma comete gafe diplomática ao falar sobre pressão contra o governoSegundo Cunha, há sete pedidos de impeachment pendentes de análise, incluindo o feito pelo jurista Hélio Bicudo. Além desses, entraram mais dois pedidos recentemente, informou o deputado. "Esses dois talvez eu não tenha condição jurídica de despachar porque a gente sempre dá um prazo de dez dias para que possam cumprir requisitos formais que por ventura não cumpriram", explicou o presidente da Câmara.
Sobre os efeitos da decisão do TCU, Cunha afirmou é preciso resolver a questão "preliminar" em relação a fatos ocorridos no primeiro mandato de um governante poderem, ou não, justificar pedidos de impeachment no segundo mandato. Segundo o deputado, a discussão é jurídica e há argumentos contra e a favor.
Seu entendimento é que o fato ocorrido no primeiro mandato não pode ser usado um pedido de impeachment no segundo governo. "Meu entendimento é que o mandato anterior não contamina o mandato atual", afirmou Cunha.
Na entrevista a jornalistas, o presidente da Câmara, mais uma vez, negou-se a comentar sobre as supostas contas em bancos na Suíça, em seu nome e de seus familiares..