Em Minas Gerais, a violência não poupou nem o carro do vice-governador Antônio Andrade (PMDB), que foi roubado em fevereiro enquanto o motorista dele aguardava a esposa do peemedebista sair de um Salão de Beleza no Bairro Anchieta, Região Sul de Belo Horizonte. O funcionário foi rendido e os assaltantes levaram o Corolla. Pior ocorreu com o sargento que fazia a segurança do ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que acabou baleado no fim de julho, minutos depois de deixar o político na sede do seu partido no Gutierrez, região Oeste de BH. Ele acabou morrendo dias depois.
Outro deputado federal mineiro assaltado foi Luiz Tibé (PTdoB). Ele foi abordado por três criminosos teve a caminhonete Toyota Hilux roubada em julho no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital. Nem mesmo por integrar a Comissão de Segurança Pública da Assembleia, o deputado estadual Cabo Júlio (PMDB) ficou livre do infortúnio. No fim de maio ele teve o Hunday Santa Fé roubado também em Nova Lima, quando voltava de viagem para BH. Os três homens suspeitos do ato acabaram detidos. Já o vereador de Belo Horizonte Gilson Reis (PCdoB) teve o escritório político invadido por bandidos enquanto fazia uma reunião para discutir a segurança pública no Bairro Padre Eustáquio. Ameaçados por uma arma, o vereador e as outras sete pessoas que participavam do encontro tiveram de entregar seus pertences.
Amarrados
Não é só entre os parlamentares mineiros que a violência tem dado as caras de perto. Em Nova Floresta, no Agreste da Paraíba, um vereador que estava desaparecido foi encontrado no primeiro dia de outubro com as mãos e pés amarrados em um matagal às margens de uma rodovia. Segundo a polícia, ele teria passado a noite amarrado e, além do carro, perdeu dinheiro, celulares e a carteira.
O presidente da Câmara de Uiraúna (PB), Joaquim Marcelino, foi feito refém junto com outras três pessoas por assaltantes armados com fuzis, que haviam acabado de explodir uma agência bancária. O fato ocorreu em setembro na cidade de Soledade. Em Grão Pará, Santa Catarina, e Cachoeira Paulista, São Paulo, foram as esposas e integrantes das famílias de dois vereadores que foram feitos reféns em assaltos às residências dos parlamentares.
Até mesmo Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, teve seu momento vítima, no início ano. Em janeiro, talvez abrindo a fila do inferno astral dos políticos, o peemedebista disse em sua conta no twitter ter sofrido uma tentativa de assalto na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pelo relato, o assaltante abordou o veículo aproveitando um sinal fechado e, sem sucesso, atirou no vidro e fugiu.