Rio - Aliado da presidente Dilma Rousseff, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse nesta terça-feira que ela está "preocupada, mas muito firme", diante da possibilidade de o pedido de impeachment avançar na Câmara. "Ela sabe que esse movimento não é natural, é atípico. Ela vai se resguardar e vai lutar também. Ela está muito firme. As pessoas vão pensar direito na hora de afastar uma presidenta, uma mulher séria, honesta, com mais de 53 milhões de votos. Acho golpe", afirmou o governador, em entrevista durante visita ao complexo de favelas do Alemão (zona norte). "Temos que respeitar o resultado das urnas. É um desserviço ao País trazer um processo desse, neste momento, ao Congresso Nacional", acrescentou.
O governador evitou comentar a pressão de um grupo de parlamentares para que Cunha renuncie ao cargo de presidente da Câmara. "Isso cabe à Câmara, ele tem que ter seu direito de defesa", afirmou Pezão, que também foi investigado na Operação Lava Jato.
A Polícia Federal disse não ter encontrado elementos que incriminem o governador, mas a PGR ainda não se manifestou sobre o relatório policial. "Sei o que passei. Não tenho nenhum problema em me explicar, mas só foi me dado o direito de defesa depois que me acusaram. Tem que dar o direito de a pessoa acusada se defender", respondeu.