Brasília – O PPS entrou nessa terça-feira (13) com pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para confirmar o teor do depoimento do lobista Fernando Baiano, considerado o operador PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. A legenda pretende utilizar a confirmação de que o lobista citou Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria tido R$ 2 milhões pagos em despesas pessoais , a fim de levá-lo a depor na CPI da Petrobras. Além de tentar convocar Lulinha, partidos de oposição querem também forçar a prorrogação dos trabalhos da comissão, que acabam no dia 23. Integrantes da CPI entendem, porém, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está resistente a essa ideia.
“Solicito ainda verificar a possibilidade de fornecer a este parlamentar cópia dos documentos recebidos pelo Ministério Público Federal, referentes ao depoimento do sr. Fernando Antônio Falcão Soares, com o objetivo de contextualizar a sua convocação à CPI da Petrobras, assim como auxiliar nos trabalhos investigativos que se façam necessários”, pediu Bueno.
NEGATIVA Em nota, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, negou que tenha tido despesas pagas por Fernando Baiano. “O sr. Fábio Luís Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado”, afirma a nota divulgada pelo advogado Cristiano Martins. A estratégia usada pelo PPS é a mesma do Psol, que encaminhou questionário a Rodrigo Janot para que ele confirmasse as contas secretas de Eduardo Cunha na Suíça. Com base na resposta de Janot, o Psol protocolou pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista, o que deve ocorrer nesta quarta-feira. “Precisamos de confirmação oficial e o procurador, que já atendeu pedido semelhante do Psol com relação às contas do presidente da Câmara, deve responder a nosso questionamento.