Jornal Estado de Minas

Dilma diz que oposição articula"golpismo escancarado"

São Paulo - No mais duro discurso contra os seus opositores, a presidente Dilma Rousseff desafiou nessa terça-feira (13), durante a cerimônia de abertura do 12º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os que querem interromper o seu mandato. Disse que os adversários praticam um “golpismo escancarado” e tentam construir de formar artificial o seu impeachment. O evento se transformou em um ato em defesa da petista contra a possibilidade de abertura de um processo no Congresso para o seu afastamento do cargo. Dilma decidiu de última hora ir à cerimônia. O evento não fazia parte da agenda da presidente.

Para Dilma, a oposição não aceita a derrota na eleição. A presidente indagou quem tem “biografia limpa” para atacar a sua honra. Prometeu ainda lutar pelo seu mandato e convocou os trabalhadores a apoiá-la, incendiando os cerca de 2.500 presentes no auditório.  “A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral. E conhece porque o meu governo e o governo do presidente Lula proporcionaram o mais enfático combate à corrupção de nossa história.
Eu insurjo contra o golpismo. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa para atacar a minha honra?”, indagou a presidente.

Dilma diz que os ataques dos opositores começaram ao final do segundo turno da eleição, por “inconformismo” com a derrota. “O que antes era inconformismo, se transformou num claro desejo de retrocesso político. Isso é um golpismo escancarado”, discursou a petista. Na avaliação de Dilma, a oposição não “tem pudor” em trabalhar apenas por seus interesses. “Na busca incessante de encurtar o seu caminho ao poder, tentam dar um golpe. Querem construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito pelo voto direto”, afirmou a presidente, sendo interrompida pela plateia aos gritos de “não vai ter golpe”.

.