Brasília - O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), rebateu nesta quarta-feira as críticas da presidente Dilma Rousseff ao comportamento dos partidos de oposição. O parlamentar atacou a "arrogância" do Palácio do Planalto, que em sua avaliação teve uma vitória provisória nessa terça-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF), e disse que o governo petista dá "mau exemplo".
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Dilma diz que oposição articula"golpismo escancarado"Em SP, Dilma entrega moradias do Minha Casa e garante 3ª fase do programaLíder do DEM nega blindagem a Cunha e diz que nota de afastamento é suficienteEm evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, Dilma criticou nerssa terça-feira o "golpismo escancarado" dos oposicionistas e se referiu a eles como "moralistas sem moral". Mendonça disse que Dilma não conseguirá resolver a crise "moral e política" atacando os oposicionistas. "A presidente vocaliza um tom palanqueiro, certamente instruída pelo ex-presidente Lula. Não é o tom correto de uma presidente da República. O tom correto é de buscar a harmonia.
Mendonça informou hoje que o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), foi a São Paulo se reunir com os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal para preparar o texto do novo pedido de impeachment que será apresentado nos próximos dias. A ideia é incluir no requerimento a informação de que o governo praticou as chamadas pedaladas fiscais também este ano.
Nessa terça-feira, a oposição encaminhou um ofício ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo que a Casa recorra das decisões do STF que interditaram o processo de impeachment de Dilma. Além de receber autoridades, o peemedebista passou a manhã reunido com técnicos discutindo os termos deste recurso.
'Viés autoritário'
O líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), classificou de "descabidas" as declarações da presidente Dilma Rousseff. Para o tucano, não há porque a oposição aceitar "qualquer carapuça" que venha do Palácio do Planalto, diante das irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral.
"Cabe à presidente da República buscar soluções para os problemas que estão afligindo o País e não descer para esse debate de questões periféricas, de certa forma, revelando o viés autoritário de quem não admite a crítica mesmo diante de circunstâncias dramáticas como essa em que o desgoverno e a corrupção provocam uma grande indignação no País", rebateu Dias.
O líder da oposição disse também que Dilma revela indisposição para lidar com as críticas e despreparo para a atividade política no regime democrático..