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Estado de Minas

Coronel Brilhante Ustra morre, aos 83 anos, em hospital de Brasília

Em 2008, a Justiça reconheceu o militar como torturador. À Comissão da Verdade, ele negou a prática de crimes e disse que "combatia o terrorismo"


postado em 15/10/2015 10:31 / atualizado em 15/10/2015 10:40

Ustra estava internado em um hospital de Brasília para se submeter a quimioterapia para tratamento contra um câncer.(foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
Ustra estava internado em um hospital de Brasília para se submeter a quimioterapia para tratamento contra um câncer. (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, 83 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira  em hospital de Brasília. O ex-chefe de orgão de repressão durante a ditadura militar, estava internado para se submeter a quimioterapia para tratamento contra um câncer. A assessoria do Hospital Santa Helena confirmou a informação. O coronel já havia sido internado em abril deste ano por causa de um infarto.

Em maio de 2013, Ustra causou polêmica ao depor na Comissão da Verdade, quando negou que tivesse cometido crimes à frente do Doi-Codi paulista, sustentando que “combatia o terrorismo”. Negou mortes no órgão repressivo. Disse que todos as mortes “foram em combate nas ruas”.

Nascido em Santa Maria (RS) em 28 de julho de 1932, Ustra foi chefe, entre 1970 e 1974, do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) do II Exército, órgão de repressão do regime militar (1964-1985). Em 2008, a Justiça reconheceu o militar como torturador.


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