Brasília - Diante da aproximação entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a oposição já fala em esfriamento do clima pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O quadro também se agravou entre os oposicionistas por conta do racha no PSDB e a saída do PSB do grupo que articula o pedido de abertura do afastamento da petista. "O quadro ficou muito mais adverso, é inegável", avaliou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
O governo deu início às conversas com Cunha para evitar que ele defira os pedidos de impeachment que ainda estão sob sua análise. O peemedebista tem, hoje, quatro requerimentos para serem despachados e amanhã, 16, a oposição protocolará um novo pedido assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Pascoal. Neste documento, a oposição aposta no argumento de que o governo praticou pedaladas fiscais também em 2015. Com este argumento, eles esperam convencer Cunha, defensor da tese de que as pedaladas de 2014 ocorreram em mandato que já acabou, que agora vale dar início ao processo.
Sair do movimento
A bancada e a executiva do PSB decidiram na quarta-feira, 14, deixar neste momento o movimento que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os pessebistas não querem a pecha de que estão
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Novo pedido de impeachment visa burlar decisão do STF, diz advogado de DilmaMarco Aurélio defende liminares do STF que suspenderam rito de impeachmentDesgastada e dividida, oposição tem pedido reserva de impeachmentJá o líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (PB), deu o tom do descompasso entre os tucanos, condenando a proximidade da bancada do partido da Câmara com o peemedebista e defendendo o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.