Jornal Estado de Minas

Não podemos ficar pautados até fim do ano por TCU, TSE e STF, diz Delcídio

Brasília, 15 - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MT), acredita que a instabilidade política tem afetado a economia e defende aliança mais forte na base aliada para que o governo possa aprovar pacote de medidas mais rapidamente no Congresso. "Temos que, independentemente de disputas políticas e idiossincrasias pessoais, dialogar com todo mundo e montar um programa mínimo para apresentar ao país até dezembro um pacote de medidas que mude o cenário para 2016", afirmou. Para o senador, a insegurança com a tramitação das medidas econômicas no Congresso e o cenário conturbado de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com reprovação de contas do governo precisa ser superado. "Não podemos ficar pautados até o final do ano com julgamento do TCU, TSE e STF", argumenta.

Na avaliação do líder petista, a instabilidade política criada por essas questões fizeram com que o governo priorizasse a agenda política em detrimento da econômica. Mas que "está na hora de a gente sentar na mesa e conversar, fazer um pacto pelo Brasil", controlando a inflação, captando investimentos, entre outras pautas que ajudem o País a sair do cenário de não crescimento.

O líder petista ressaltou o papel conciliador do ex-presidente Lula, que chegou na noite desta quarta-feira, 14, a Brasília. "Toda vez que o presidente Lula vem para cá, ele ajuda a arrumar a casa. Ele acalma os ânimos e ajuda a gente a construir essa tão sonhada base fidelizada e de apoio ao governo, para votarmos essas matérias."

Dentre os compromisso de Lula, uma possível conversa com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estaria na agenda. O senador Delcídio Amaral reafirmou o interesse do governo em se entender melhor com o peemedebista.

"Nas conversas em que participei na coordenação política, com o ministro (chefe da Casa Civil) Jaques Wagner, há esse entendimento de se discutir com o presidente da Câmara toda uma agenda, que evidentemente impacta o Senado e vice-versa.".