A força-tarefa da Operação Lava-Jato acredita ter identificado o misterioso "sr. Altair", suposto emissário do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) para a retirada e transporte de valores de propinas junto a lobistas do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Altair Alves Pinto, de 67 anos, que se identifica como "comerciante", seria o personagem a quem o presidente da Câmara confiava as missões secretas para transportar dinheiro em espécie a ele destinado.
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Dilma comenta denúncias contra Cunha depois de encontrar monarcas na Suécia Cunha perde apoio no Conselho de ÉticaCunha tem fortuna 37 vezes maior que declaradaGoverno dá cargo a indicado pelo presidente do conselho que pode pedir a cassação de CunhaJustiça homologa delação do empresário João Antônio Bernardi FilhoCerco a Cunha foi único êxito da CPI da PetrobrasNos autos do pedido de novo inquérito contra o presidente da Câmara, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República anexou uma ficha com os dados pessoais de Altair. Uma foto dele foi mostrada a Fernando Baiano - apontado como operador de propinas do PMDB - ,em audiência realizada dia 15 de setembro de 2015. Baiano o reconheceu.
Em 10 de setembro, Baiano havia revelado a ação do braço-direito de Eduardo Cunha. Segundo ele, em certa ocasião, o deputado lhe sugeriu que procurasse "uma pessoa de nome Altair, no escritório dele (Cunha), na Avenida Nilo Peçanha, Rio".
O delator contou à Procuradoria-Geral da República que entregou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo a Cunha como parte de uma propina total de US$ 5 milhões - paga com atraso ao parlamentar porque outro lobista, Júlio Camargo, ficou devendo. A propina era relativa à contratação de navio-sonda da Petrobras.
Segundo Fernando Baiano, o emissário de Eduardo Cunha "aparentava ser um assessor ou uma pessoa de confiança, até mesmo porque todos os valores entregues no escritório foram para Altair".
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