Lideranças de movimentos sociais manifestaram apoio a Rui Falcão, presidente nacional do PT, em suas falas recentes por mudanças na política econômica do governo federal. "Estamos com Rui", disse João Paulo Rodrigues, líder do MST, ao deixar o prédio do Instituto Lula, na capital paulista.
Além de representantes do MST, lideranças sindicais e petistas participaram de um encontro com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, no instituto do ex-presidente. Segundo Rodrigues, o ministro se mostrou bastante seguro e defendeu o ajuste fiscal durante a apresentação que durou cerca de uma hora e meia.
Leia Mais
Falcão diz que não se sentiu desautorizado pela fala de Dilma sobre LevyEm jantar com Dilma, Lula avalia que Levy tem 'prazo de validade'Líder do MST elogia lei de terras de SP e diz que Dilma deveria seguir exemploFaz parte da política econômica ouvir todas as pessoas, diz Barbosa após palestra"Ele esclareceu dúvidas, o que foi muito bom. Coisas que saem na imprensa, como corte de 60% (no orçamento) da reforma agrária. Ele explicou que contingenciamento não é necessariamente corte", relatou. Enquanto o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, vem sofrendo um processo de "fritura" entre petistas e até mesmo por parte do ex-presidente Lula, Barbosa mantém uma interlocução próxima com os principais líderes do partido.
Acompanharam a palestra feita por ele nesta segunda-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o dirigente estadual, Emídio de Souza, o presidente municipal da legenda, vereador Paulo Fiorillo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, o líder do MST, Gilmar Mauro, Rafael Marques, do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o deputado federal petista Arlindo Chinaglia, dentre outros.
Rodrigues disse que Barbosa foi questionado, no instituto, sobre cortes a programas sociais, como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família. "Ele disse que está havendo uma 'readequação' dos programas, para poder manter os programas", afirmou. Ontem, em entrevista publicada pela Folha de S.
Ele disse ainda que Levy deveria deixar o cargo se discordar de medidas nessa direção. Em Estocolmo, na Suécia, a presidente Dilma Rousseff reagiu à pressão pela derrubada de seu ministro da Fazenda. "Ele (Levy) não está saindo do governo. Ponto", declarou a presidente..