O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para investigar os deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG). Os dois deputados são suspeitos de intermediar o pagamento de propina de R$ 200 mil para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Em agosto, a Polícia Federal enviou relatório sobre o caso ao STF e deu como encerrada as investigações. Ao contrário da PF, o Ministério Público Federal entendeu que é preciso mais prazo para a conclusão das investigações e são necessárias "diligências complementares".
Janot pediu a continuidade do inquérito por mais 45 dias. O pedido agora será analisado pelo ministro Teori Zavaski, relator do processo da Lava Jato no STF.
Relatório
A Polícia Federal afirmou em seu relatório que os dois deputados atuaram para que o dinheiro fosse pago a Paulo Roberto Costa pela empresa Fidens Engenharia. O dinheiro teria sido entregue pelo presidente da empresa, Rodrigo Alvarenga Franco, no hotel Fasano, no Rio de Janeiro. A propina tinha como objetivo a contratação da empresa em licitação da Petrobras nas obras da refinaria Premium I, no Maranhão, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).