Jornal Estado de Minas

Movimentos anti-Dilma em BH reclamam de ameaças e pedem segurança


Movimentos sociais favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff estiveram reunidos, nesta terça-feira, com deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas para pedir segurança diuturna para os líderes desses agrupamentos  e, também, aos atos promovidos por eles na capital. De acordo com Júlio Hubner, um dos fundadores do "Patriotas", integrantes desses movimentos estão sofrendo ameaças por telefone, e-mails e cartas anônimas. Em um das cartas, Hubner contou que a mensagem com conteúdo ameçador, escrita com recortes de letras de jornais dizia "facista bom é facista morto; guerra é guerra; e vamos queimar sua caminhonte". "Nos últimos  20 dias, este tipo de ameça tem aumentado bastante", reclamou.

Também de acordo com Hubner, as ameaças anônimas sempre existiram e, segundo ele, datam das primeiras manifestações realizadas por esses movimentos contra a presidente Dilma Rousseff. "Só não denunciamos antes porque eram veladas", justificou ele ao se referir a postagens nas redes sociais, com críticas aos movimentos contrários à permanência de Dilma na Presidência da República. 'Agora, não, elas (ameaças) se intensificaram", afirmou.

Para Hubner, o auge desse 'embate' ocorreu no sábado passado (17), quando dois homens em uma moto chegaram em uma moto na rua onde fica o Palácio das Mangabeiras, na Região Centro-Sul da capital - residência oficial dos governadores de Minas Gerais. No local, um grupo de 20 pessoas - do "Patriotas" e do "Brava Gente"-, faziam uma manifestação contra Dilma e os governos do PT.

Os manifestantes levaram para a frente do palácio um boneço de plástico inflável do ex-presidente Lula, vestido de presidiário e com chifres vermelhos, ladeado por também bonecos de plásticos com caricaturas da presidente e do governador Fernando Pimentel.
Segundo testemunhas, os dois homens tentaram colocar fogo nas alegorias. Acabram sendo detidos pelos maifestantes até a chegada da Polícia Miliar, que os conduziu para prestar depoimento em uma delegacia. Ambos foram soltos após o depoimento.
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