Brasília, 20 - O relator-geral do Orçamento deste ano, senador Romero Jucá (PMDB-RO), defendeu nesta terça-feira, 20, que o governo inclua na revisão da meta fiscal de 2015 todo o passivo existente, inclusive as chamadas pedaladas fiscais. Para Jucá, o ideal é "encerrar" a fase do déficit fiscal este ano e trabalhar em 2016 para que o país tenha no mínimo déficit zero, isto é, o equilíbrio das contas públicas.
"Temos que ter realidade, mas é muito importante que as pedaladas remanescentes e qualquer tipo de maquiagem ou ação que seja de esconder a realidade das contas públicas possa ser redefinido, clarificado transparentemente e daí a gente parta para um novo momento das contas públicas brasileiras buscando o equilíbrio", afirmou.
Leia Mais
Renan dará 45 dias para Dilma apresentar defesa sobre pedaladas fiscaisMinistro do TCU manda investigar eventuais "pedaladas" de 2015Governo negocia cronograma para 'pagar' pedaladasGoverno discute cronograma para pagar 'pedaladas'Um dos principais interlocutores do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso, Jucá destacou que não se faz "pagamento parcelado" de pedalada porque esse instrumento, um tipo de empréstimo, não é legal.
Mesmo destacando não saber de quanto será o rombo das contas públicas deste ano, o senador do PMDB estima que ficará entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões. Ele não descartou um eventual corte no programa Bolsa Família, conforme tem defendido o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
"Se o governo quer buscar o déficit zero no próximo ano, o governo vai ter que ver onde vai ter que cortar. Mas há uma realidade inexorável, o governo vai ter que cortar despesas", considerou..