Com o início da ordem do dia no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), suspendeu a sessão de discussão do relatório final da comissão. A sessão deverá ser retomada ainda nesta quarta-feira, quando as atividades no plenário principal forem encerradas.
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Na CPI da Petrobras, PSDB pede inquérito policial contra Dilma e LulaRelator da CPI da Petrobras rejeita indiciar nomes já denunciados na Lava JatoRelatório paralelo do PSOL na CPI da Petrobras pedirá indiciamento de CunhaMotta alegou que 41 deputados se inscreveram para falar na sessão. Ele manifestou preocupação em deixar a decisão para amanhã e não haver quórum para votar o relatório final.
A sessão seguia com parlamentares se alternando em discursos críticos ao relatório de Luiz Sérgio (PT-RJ). O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que o petista defendeu "o indefensável" em seu parecer, reclamou que as sugestões dos quatro subrelatores foram ignoradas e acusou o PT de ser o principal beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras. "O dinheiro da Petrobras irrigou as campanhas de Dilma e Lula", concluiu. Se o parecer do petista for derrotado, os oposicionistas querem que outro relator seja escolhido e o parecer aprovado comprometa a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pareceres paralelos
Até o momento foram protocolados três votos em separado pedindo que o parecer inclua responsabilizações. A exemplo do PSOL e do PSDB, o deputado Carlos Marum (PMDB-MS) também apresentou um voto paralelo na CPI pedindo que o relatório do deputado Luiz Sérgio admita que houve corrupção institucionalizada com o objetivo de "sustentar projetos políticos e promover o enriquecimento ilícito". O peemedebista sugere que se mencionem todos os políticos com mandato acusados nos depoimentos e nas acareações da CPI.
Marum pede que o relator recomende a revogação do Regime Simplificado de Licitações.