Brasília - O desdobramento das investigações da Operação Lava-Jato em direção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família reavivou pressões de setores do PT próximos ao petista pela substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
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Ministro José Eduardo Cardozo é internado para tratamento complementar de câncerCunha nega ter discutido saída de Cardozo em almoço com Temer e RenanPPS pede afastamento de Adams e Cardozo após ação contra TCUCardozo manda PF apurar vazamento de aúdio de investigação da Operação ZelotesNa bancada do PT na Câmara já se debate até os nomes dos possíveis substitutos. Parte dos deputados ligados a Lula defende o nome do deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) e autor de um dos mandados de segurança que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a sustar o rito do processo de impeachment contra Dilma. Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Damous declarou que não foi sequer procurado. "Isso não foi tratado comigo por ninguém. Considero Cardozo um excelente ministro", disse ele.
Já o setor mais à esquerda da bancada defende o nome do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), advogado, integrante da corrente Mensagem ao Partido, assim como Cardozo, e autor de uma reclamação junto ao STF que também resultou na suspensão do rito do impeachment.
Nova carga
Lula e Cardozo são desafetos desde a década de 1990, mas a animosidade aumentou depois da Lava-Jato. Lula teria se queixado que Cardozo não coibiria supostos excessos da Polícia Federal, principalmente o que os petistas chamam de "vazamentos seletivos".
As pressões de setores do PT pela saída do ministro ressurgem no momento em que a Lava-Jato se aproxima de Lula e sua família.
O Instituto Lula rejeita as acusações do lobista. Auxiliares do ex-presidente lembram que o contrato citado por Baiano não chegou a ser celebrado, negam que ele tenha pressionado Dilma a demitir o ministro em função das novas revelações, mas concordam que Lula sempre foi contra o nome de Cardozo na Justiça, por razões políticas. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..