O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deixou a prisão de Modena, no Norte da Itália, para ser entregue às autoridades brasileiras. A expectativa é que ele chegue ao Brasil amanhã. Pizzolato está sendo levado da penitenciária de Sant'Anna até o aeroporto de Malpensa, em Milão.
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, Pizzolato deve embarcar, ainda nesta quinta-feira, rumo a São Paulo. Sua chegada está prevista para o Aeroporto de Guarulhos na manhã de sexta-feira. Em seguida, ele deve viajar novamente, escoltado pela Polícia Federal, para Brasília. Após passar por exames no Instituto Médico-Legal, ele será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
Com isso, encerra-se uma novela de mais de um ano e meio, iniciada em fevereiro de 2014, quando Pizzolato foi capturado pela polícia italiana em Maranello, onde estava na casa de parentes. No fim de 2013, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia confirmado sua pena no processo do mensalão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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Pizzolato deve chegar ao Brasil na sexta-feiraPizzolato poderá ser extraditado a partir de 22 de outubro, diz ItáliaMinistro da Justiça italiano adia por mais 15 dias extradição de PizzolatoDepois de mais de dois anos, Pizzolato volta ao Brasil para cumprir penaHenrique Pizzolato já está a caminho do BrasilPor problemas técnicos, voo de Pizzolato está sem previsão de decolagemPresença de Pizzolato em avião gera protestos de passageirosEm seguida, ele fugiu para a Itália com um passaporte falso em nome de um irmão morto e chegou a alugar uma vila com vista para o mar na pitoresca cidade de Porto Venere, no litoral da Ligúria. Em outubro de 2014, Pizzolato chegou a ser solto pela Corte de Apelação de Bolonha, que negou sua extradição.
No entanto, mais tarde, a Corte de Cassação de Roma e o Ministério da Justiça da Itália confirmaram a expulsão do ex-diretor de Marketing.
A defesa alegava que as prisões brasileiras não tinham condições de garantir a integridade do condenado, apelo feito também pelos senadores italianos Luigi Manconi e Cecilia Guerra, porém, sem sucesso.
Em dezembro, Pizzolato ainda deverá responder a um processo por falsidade ideológica na Itália, fato que também era usado como argumento para mantê-lo no país. Pizzolato foi o único dos condenados no mensalão que fugiu do Brasil. Também sentenciado a pagar multa de mais de R$ 1 milhão, ele desviou quase R$ 3 milhões do Banco do Brasil para as empresas de Marcos Valério, operador do esquema do mensalão..