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Estado de Minas

Pizzolato deixa prisão de Modena para ser extraditado para o Brasil

Em dezembro, Pizzolato ainda deverá responder a um processo por falsidade ideológica na Itália, fato que também era usado como argumento para mantê-lo no país


postado em 22/10/2015 15:52 / atualizado em 22/10/2015 16:03

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deixou a prisão de Modena, no Norte da Itália, para ser entregue às autoridades brasileiras. A expectativa é que ele chegue ao Brasil amanhã. Pizzolato está sendo levado da penitenciária de Sant'Anna até o aeroporto de Malpensa, em Milão.

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, Pizzolato deve embarcar, ainda nesta quinta-feira, rumo a São Paulo. Sua chegada está prevista para o Aeroporto de Guarulhos na manhã de sexta-feira. Em seguida, ele deve viajar novamente, escoltado pela Polícia Federal, para Brasília. Após passar por exames no Instituto Médico-Legal, ele será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Com isso, encerra-se uma novela de mais de um ano e meio, iniciada em fevereiro de 2014, quando Pizzolato foi capturado pela polícia italiana em Maranello, onde estava na casa de parentes. No fim de 2013, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia confirmado sua pena no processo do mensalão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.



Em seguida, ele fugiu para a Itália com um passaporte falso em nome de um irmão morto e chegou a alugar uma vila com vista para o mar na pitoresca cidade de Porto Venere, no litoral da Ligúria. Em outubro de 2014, Pizzolato chegou a ser solto pela Corte de Apelação de Bolonha, que negou sua extradição.

No entanto, mais tarde, a Corte de Cassação de Roma e o Ministério da Justiça da Itália confirmaram a expulsão do ex-diretor de Marketing. Seguiu-se uma série de recursos administrativos e na Corte Europeia de Direitos Humanos, sediada em Estrasburgo (França), mas todos foram rechaçados.

A defesa alegava que as prisões brasileiras não tinham condições de garantir a integridade do condenado, apelo feito também pelos senadores italianos Luigi Manconi e Cecilia Guerra, porém, sem sucesso.

Em dezembro, Pizzolato ainda deverá responder a um processo por falsidade ideológica na Itália, fato que também era usado como argumento para mantê-lo no país. Pizzolato foi o único dos condenados no mensalão que fugiu do Brasil. Também sentenciado a pagar multa de mais de R$ 1 milhão, ele desviou quase R$ 3 milhões do Banco do Brasil para as empresas de Marcos Valério, operador do esquema do mensalão.


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