Os juízes e desembargadores mineiros receberam em setembro, de uma só vez, seis meses de auxílio-saúde. O valor é retroativo a julho do ano passado, quando foi aprovado pela Assembleia Legislativa o pagamento mensal de mais esse penduricalho para os 1.056 magistrados do estado. Ao todo, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desembolsou de uma só vez, sem desconto de Imposto de Renda, cerca de R$ 15,2 milhões para quitar o auxílio de julho a dezembro de desembargadores e juízes.
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Tribunal de Contas de Minas aprova auxílio-saúde para conselheiros e procuradoresCNJ pressiona tribunais a informar regras para pagar auxílio-moradiaAssembleia de Minas Gerais adia pagamento de auxílio-moradia aos deputadosTribunal de Justiça paga auxílio-moradia acima do teto previsto pelo CNJCom esse pagamento retroativo, os auxílios financeiros que os magistrados mensalmente recebem passaram de cerca de R$ 8,9 mil para aproximadamente R$ 23 mil no pagamento de setembro. Alguns desembargadores chegaram a receber, entre remuneração, verbas indenizatórias e auxílios, até R$ 79,5 mil em setembro, valor correspondente a 100 salários mínimos.
O auxílio-saúde corresponde a 10% do salário bruto dos magistrados, não sofre qualquer tipo de desconto e o valor é incluído no cálculo do teto da magistratura. A remuneração dos magistrados foi reajustada em 14,6% no final de janeiro, com data retroativa ao dia 1º daquele mês, e atualmente varia entre R$ 25,9 mil e R$ 30,4 mil.
Em outubro passado, os desembargadores aprovaram pagamento do auxílio-moradia para eles no valor de R$ 4.786,14 mensais, independentemente de o magistrado ter imóvel próprio na comarca onde presta serviço. Esse valor também não está sujeito ao Imposto de Renda e contribuição previdenciária.
Procurado pela reportagem na quarta-feira (21) e nessa quinta-feira (22), o Tribunal de Justiça não informou qual o valor exato do pagamento e se ele também foi extensivo aos magistrados aposentados.
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