São Paulo, 24 - O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou na manhã deste sábado que estuda a realização de eleições para subprefeitos na capital. Hoje, os gestores das 32 subprefeituras são colocados no cargo por meio de indicação. A declaração foi dada em sabatina à rádio CBN.
"Estamos pensando em daqui para o fim do ano abrir uma discussão sobre a escolha dos subprefeitos", declarou o prefeito. A proposta, de acordo com Haddad, deve ser apresentada ainda em 2015. "Tenho uma equipe agora estudante sistemas de governança metropolitana em outros países, inclusive eleição direta."
Haddad avaliou que embora tenha melhorado o modelo de escolha dos subprefeitos, este ainda não é o ideal. "Eu tentei um modelo que acho que melhorou em relação ao anterior, mas não resolveu. A gestão anterior foi marcada pela nomeação de coronéis e não funcionou bem. No governo anterior a este, trouxeram prefeitos do interior e também não funcionou, porque não conheciam a localidade.
O prefeito considera que a alteração deverá pautar mudanças no modelo para o País. "No Brasil quase sempre o que tem de mais avançado, acontece em São Paulo. Acho que podemos dar um grande exemplo de como governar a região metropolitana".
Ainda não foi definido o formato de eleição, segundo Haddad. "Como fazer a população participar mais? Tem modelos que vão da eleição direta à lista tríplice", disse ele.
Questionado sobre se a medida pode reduzir a corrupção nas subprefeituras, Haddad lembrou que a Controladoria Geral do Município (CGM), órgão criado em sua gestão, tem feito um "pente fino" e encontrado diversas irregularidades. Na semana passada, após publicação de uma auditoria do órgão que apontava diversos erros na Subprefeitura de Santana, na zona norte, o subprefeito foi exonerado do cargo.
"Existe corrupção (nas subprefeituras), mas em escala menor.
Em julho deste ano, reportagem do Estado revelou que as 32 subprefeituras de São Paulo perderam até R$ 730 milhões em recursos nos dois primeiros anos da gestão Fernando Haddad (PT). Neste ano, as administrações regionais continuam com desempenho aquém do observado nos mandatos anteriores. A desidratação dos órgãos é uma medida coordenada pela Prefeitura, que aloca em pastas do primeiro escalão verbas que antes eram reservadas aos subprefeitos..