São Paulo, 26 - O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner fez na manhã desta segunda-feira, 26, um discurso conciliador e um chamamento ao diálogo "pelos melhores interesses da sociedade brasileira". "Estimulamos o ambiente de tolerância pelo contraditório, que é a alma, a energia, o oxigênio da democracia", frisou, durante a 18ª edição do prêmio "As Empresas Mais Admiradas no Brasil", promovido pela revista Carta Capital.
O ministro afirmou ainda ser necessário "enxotar" qualquer ambiente de intolerância. "A existência de governo e oposição são fundamentais para que, na alternância de poder, a população possa escolher o melhor caminho a cada quatro anos", destacou.
Falando a uma plateia de empresários, o ministro ressaltou que a intolerância quanto ao contraditório tende a empurrar o País "não para as melhores, mas às piores soluções".
Quanto ao atual momento da economia brasileira, o ministro da Casa Civil afirmou ser uma "etapa mais dura e desafiadora" para os empresários gerarem riqueza e empregos, já que, destacou, "o País se exporta através de suas empresas".
De acordo com Wagner, a crise deste ano não aponta para nenhuma catástrofe, mas para um momento de dificuldade, principalmente na área fiscal. Ele acrescentou ainda que a dificuldade "mais dura" é a política.
O evento conta ainda com a presença do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), do ex-ministro Delfim Netto, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, e da executiva Luiza Helena Trajano.