Jornal Estado de Minas

Lula lidera rejeição entre pré-candidatos a presidente da República em 2018

Os nomes mais cotados para disputar a Presidência da República em 2018 são bem conhecidos do eleitorado e, sem exceção, compartilham altas taxas de rejeição, aponta pesquisa nacional do Ibope divulgada ontem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o que tem, numericamente, a maior taxa: 55% dos entrevistados afirmam que não votariam nele “de jeito nenhum” – em maio de 2014, a rejeição ao petista era de 33%. Em empate técnico com o petista no quesito rejeição, estão o senador José Serra (PSDB-SP), com 54%; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 52%; e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), com 52%. Ligeiramente atrás deles, estão a ex-ministra Marina Silva (Rede), com 50%; e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 47%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Todos os nomes registraram aumento nos índices de rejeição. Em maio de 2014, o percentual dos que não votariam de jeito nenhum em Aécio era de 42%; em Marina, de 31%; e de Serra, de 47. Não há comparativo para a rejeição a Alckmin e a Ciro Gomes.

Lula também tem a maior proporção de eleitores cativos, aqueles que votariam nele para presidente “com certeza”: 23%. Aécio alcança 15%; Marina, 11%; Serra, 8%; Alckmin, 7%; Ciro Gomes, 4%.
O petista é também o nome mais conhecido – apenas 2% disseram não conhecê-lo o suficiente para opinar. No caso de Aécio, o segundo colocado neste critério, foram 9%. Em seguida vêm Marina (10%), Serra (11%), Alckmin (16%) e Ciro Gomes (24%). As taxas não somam 100% porque um eleitor pode apontar que votaria em mais de um candidato ou que não votaria em nenhum deles.

Ainda segundo o Ibope, na soma de eleitores que votariam com certeza ou poderiam votar, há empate técnico entre Aécio (42%), Lula (41%) e Marina (39%). Serra e Alckmin ficam, respectivamente, com 32% e 30%. Ciro aparece com 20%.

PERFIL O nome de Lula tem maior aceitação na Região Nordeste, onde 38% dos entrevistados dizem que votariam nele “com certeza”, e entre as camadas mais pobres da população – 36% dos que ganham até uma salário mínimo afirmam o mesmo. A maior taxa de rejeição ao petista vem do Sul, onde 68% não cogitam votar no ex-presidente.

Entre os mais ricos (acima de 5 salários mínimos), 66% não lhe dariam voto em hipótese alguma.

Aécio Neves tem no Norte e no Centro-Oeste seus principais redutos de eleitores fieis (18% dos entrevistados somados das duas regiões). Sua maior rejeição é no Nordeste, onde 51% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum. No critério econômico, seus números são mais homogêneos que os de Lula: 15% dos que ganham mais do que cinco salários mínimos o apoiam com certeza, enquanto 14% da faixa de até um salário dizem o mesmo. Da mesma forma, 49% dos mais ricos o rejeitam, mesma proporção da faixa de menor renda. O Ibope fez a pesquisa por conta própria. Para realizá-la, entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 17 e 21 de outubro.

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