Brasília, 28 - O relator do projeto de lei que cria o regime especial de tributação para repatriação e regularização de ativos de brasileiros mantidos no exterior, deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), rebateu as críticas de que a proposta beneficia os investigados da Operação Lava Jato. O peemedebista negou que seu relatório beneficie o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter contas ocultas no exterior.
O deputado disse que o projeto é destinado exclusivamente aos crimes tributários e não aos crimes de corrupção. "Como é que crime da Lava Jato está contemplado aqui? Nem respondo à provocação de que está beneficiando o pessoal da Lava Jato. É uma provocação a minha história", respondeu ao
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. Manoel Júnior destacou que os países que aderiram à proposta conseguiram regularizar o pagamento de impostos.
O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) afirmou nesta tarde, em plenário, que o projeto "parece servir para regularizar a situação de réus ou de investigados da Operação Lava Jato". "É como se o Estado brasileiro estivesse cobrando propina para liberar o crime", criticou também da tribuna o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE).
O relator passou o dia reunido com o Executivo acertando os ajustes finais ao texto. O atraso na apresentação do projeto final em plenário foi um dos fatores que impediu a apreciação da matéria nesta noite.