Cerca de 500 mulheres, segundo as organizadoras, participaram nesta quarta-feira de um protesto no Centro do Rio contra o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. A principal reivindicação do grupo é que a Câmara não aprove o projeto de lei 5.069/2013, de autoria de Cunha, que restringe o atendimento médico a mulheres vítimas de estupro e dificulta o aborto legal. No último dia 21, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara e agora está pronto para ir à votação no plenário.
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Sessão na Câmara tem bate-boca entre deputados e protestos contra CunhaPara Luciana Genro, Cunha é um "criminoso de alto calibre"Tucano diz que PSDB votará pela cassação de Cunha no Conselho de ÉticaEduardo Cunha pode perder título de cidadão honorário de Belo HorizonteAssociação que defende direitos da mulher denuncia Cunha à OEAProtesto contra projeto de Eduardo Cunha que dificulta aborto legal fecha Av. Paulista"Esse projeto é um absurdo, precisamos barrá-lo, mas muita gente nem sabe que existe. Manifestações são importantes para mostrar nosso descontentamento e para que as pessoas saibam que estão querendo restringir ainda mais o acesso ao aborto legal", afirmou Luisa Lima, estudante de História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e participante de um coletivo de universitárias que ajudou a organizar o ato. "A ideia do ato foi das líderes do coletivo Marcha Mundial das Mulheres, e vários outros grupos aderiram", contou.
Além de criticado pelo projeto de lei, Cunha foi acusado de "ladrão" e "corrupto" pelas manifestantes. Entre as pessoas que viram a manifestação, alguns nem sabiam quem é o deputado. "Achei que (o protesto) fosse contra a Dilma", contou o vendedor de pipoca Altair Pereira, de 62 anos..