O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse hoje que a reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, será a prioridade "número um" do partido nas eleições municipais de 2016. Para ele, essa prioridade se deve ao “caráter simbólico e estratégico da cidade”
Ao sair da reunião do Diretório Nacional do PT, Falcão informou que a definição das estratégias para o pleito de 2016 foi um dos pontos debatidos no encontro. Ele disse que a estratégia definida pelo partido será a de buscar manter as prefeituras já conquistadas, ampliando o número de vereadores, e também procurar recuperar as cidades nas quais o partido foi derrotado em 2010, além de dar prioridade para as capitais de estados e cidades com mais de 100 mil habitantes.
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Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, diz que fica no PT 'com orgulho'Haddad estuda criar eleições para subprefeitos na capitalHaddad se aproxima da Rede, mas PT não aceita saída antes do fim do mandatoHaddad manda cortar 20% dos gastosPT discute eleições em São Paulo, onde Haddad tem apenas 15% de aprovaçãoFalcão se disse otimista com a possibilidade de reeleição de Haddad, apesar de pesquisas apontarem forte rejeição ao prefeito. “Na conjuntura do bombardeio que existe contra nós, é um sinal de que existe chance de recuperação”, afirmou. “A eleição é só em outubro e estou confiante no reconhecimento do que ele está fazendo e confio na militância, que já ganhou eleições que ninguém imaginava que fôssemos ganhar”, acrescentou.
Questionado sobre o cenário para as eleições de 2018 e se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser o candidato do PT, Falcão disse que “se ele está disposto, eu não sei, mas que o queremos candidato em 2018, queremos.”
De acordo com Falcão, o centro das campanhas petistas deve girar em torno da defesa do partido. “Vamos usar o rádio e a TV para defender o partido das campanhas de ódio e intolerância que se voltam contra nós”, disse.
De acordo com o presidente, o PT vai buscar alianças com “partido do campo popular” e partidos que dão sustentação ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse ainda que o partido reafirmou sua decisão de não mais receber recursos de empresas e que vai trabalhar para construir campanhas cada vez mais militantes e voluntárias. O partido também vai apostar na elaboração de programas de governo em conjunto com as comunidades e movimentos sociais.
Na reunião do diretório, o PT fez uma avaliação sobre a conjuntura política recente, além de reafirmar seu apoio ao ajuste fiscal e sugerir mudanças na política econômica.