O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse hoje que a reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, será a prioridade "número um" do partido nas eleições municipais de 2016. Para ele, essa prioridade se deve ao “caráter simbólico e estratégico da cidade”
Ao sair da reunião do Diretório Nacional do PT, Falcão informou que a definição das estratégias para o pleito de 2016 foi um dos pontos debatidos no encontro. Ele disse que a estratégia definida pelo partido será a de buscar manter as prefeituras já conquistadas, ampliando o número de vereadores, e também procurar recuperar as cidades nas quais o partido foi derrotado em 2010, além de dar prioridade para as capitais de estados e cidades com mais de 100 mil habitantes.
Falcão se disse otimista com a possibilidade de reeleição de Haddad, apesar de pesquisas apontarem forte rejeição ao prefeito. “Na conjuntura do bombardeio que existe contra nós, é um sinal de que existe chance de recuperação”, afirmou. “A eleição é só em outubro e estou confiante no reconhecimento do que ele está fazendo e confio na militância, que já ganhou eleições que ninguém imaginava que fôssemos ganhar”, acrescentou.
Questionado sobre o cenário para as eleições de 2018 e se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser o candidato do PT, Falcão disse que “se ele está disposto, eu não sei, mas que o queremos candidato em 2018, queremos.”
De acordo com Falcão, o centro das campanhas petistas deve girar em torno da defesa do partido. “Vamos usar o rádio e a TV para defender o partido das campanhas de ódio e intolerância que se voltam contra nós”, disse.
De acordo com o presidente, o PT vai buscar alianças com “partido do campo popular” e partidos que dão sustentação ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse ainda que o partido reafirmou sua decisão de não mais receber recursos de empresas e que vai trabalhar para construir campanhas cada vez mais militantes e voluntárias. O partido também vai apostar na elaboração de programas de governo em conjunto com as comunidades e movimentos sociais.
Na reunião do diretório, o PT fez uma avaliação sobre a conjuntura política recente, além de reafirmar seu apoio ao ajuste fiscal e sugerir mudanças na política econômica. O presidente do PT criticou ainda o que chamou de campanha de ódio contra o PT e suas lideranças.